Resenha laranja mecanica

A Laranja Mecânica nos mostra o mundo pela visão de Alex, um jovem, líder de um grupo de delinquentes, os “groogs” que buscam o prazer através da ultraviolência. Inconsequente e cruel, Alex diverte-se espancando mendigos, lutando com gangues rivais, dirigindo perigosamente, automóveis para provocar acidentes nas estradas, invadindo casas para violentar mulheres e outras práticas reprováveis pela sociedade. O seu prazer é viver por viver, na filosofia de um dia atrás do outro, entremeando a sua rotina de ultra-violência com a paixão pelas músicas de Beethoven. Na sequência de uma disputa interna no grupo, Alex é traido pelos companheiros e é preso pela polícia, sendo condenado a 14 anos de prisão pelo assassinato de uma escritora. Ao saber de um novo método de recuperação de prisioneiros que garante a sua liberdade após o tratamento, Alex aceita ser submetido à experiência. A solução proposta é associar a violência a um extremo desconforto físico, pelo que o resultado final é a transformação de Alex numa pessoa que sente enjoo ao ser submetido a violência e ao ouvir a nona sinfonia de Beethoven.
Após uma tentativa de suicídio mal sucedida, somos confrontados com a súbita reviravolta na vida de Alex que aos poucos, começa a associar, novamente, a 9.ª sinfonia de Beethoven a atos de extrema violência, imaginando-se a espalhar o terror com a sua lâmina.
A criminalidade atualmente tem-se traduzido em transgressões cada vez mais peculiares da lei pela prática de delitos presente num número maior de pessoas rotuladas “normais” e em faixas etárias cada vez mais baixas, traduzindo-se também em violações da moral e da ética motivadas por questões cada vez mais de difícil