Resenha Filosofia

1008 palavras 5 páginas
CIDADANIA NO FEMINISMO – Maria Lygia Quartim de Moraes
No Brasil, a questão da cidadania enfrenta a segregação na pobreza de um enorme contingente da população. Somos uma das dez maiores economias do mundo, um dos quatro países com maior nível de desigualdade social. Essa desigualdade atinge especialmente as mulheres.
Que razões justificam as mulheres ganharem menos que os homens quando ocupam função semelhante? E ainda por que as mulheres são minoria em todas as instâncias do poder político? As respostas a essas questões nos obrigam a analisar uma série de dimensões da realidade, a partir da divisão sexual do trabalho no interior da família e suas conseqüências para os dois sexos.
Com a progressiva urbanização e industrialização do país rompeu-se a antiga unidade entre casa e local de trabalho, presente na agricultura familiar.
Nestas circunstâncias, modifica-se a divisão do trabalho familiar e “trabalho doméstico” torna se sinônimo de cuidar da casa e das pessoas. Passa a ser encarado como um prolongamento biológico do sexo feminino, uma espécie de vocação natural. Assim, a corrente de sucessivas desvantagens que a mulher encontrara na vida, tem relação direta com a questão das atribuições domésticas.
Durante muitas décadas, as mulheres que trabalhavam fora de casa eram suspeitas de não serem “honestas”, vale dizer, castas e recatadas. Quando as mulheres de classe média quiseram trabalhar tiveram de ouvir que “estavam tirando o trabalho dos chefes de família”.
A presença de meninas nos estabelecimentos escolares só foi por lei no Brasil a partir de 1827. O acesso a universidade foi liberado em 1879, mas poucas tinham coragem de enfrentar os preconceitos então existentes com relação às mulheres com curso superior.
Na edição comemorativa da abertura de cursos para mulheres do Liceu de artes e Ofícios, em 1881, justiçava-se a instrução feminina da seguinte forma: “para que a filha seja obediente, a esposa fiel, a mulher exemplar, cumpre desenvolver a sua

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