resenha do livrro de karl larenz a interpretação das leis

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O Renascimento e a Idade Moderna

Entre meados e fins do séc. XV, entra-se numa nova fase da história da Europa – a fase do
Renascimento, que dá início à chamada Idade Moderna. Conhecem-se os seus aspectos fundamentais. Por um lado, dá-se uma forte atenuação do espírito religioso global e envolvente que marcou a Idade
Média, e uma clara acentuação do humanismo e dos valores profanos, num quadro geral de restauração da cultura Greco-romana e de ruptura com a Idade Média. Tudo o que é humano passa a ser mais importante do que o divino: como escreveu alguém na época, ‘nada é mais admirável do que o Homem’.
Por isso, e em contraste com o ‘sacerdotalismo’ medieval, consolida-se a supremacia do poder civil sobre o poder eclesiástico.
Por outro lado, com o fortalecimento do poder real dá-se o fim do feudalismo: acaba a pulverização dos poderes senhoriais, corporativos, eclesiásticos e municipais, e dá-se a centralização do poder real e a afirmação do Estado soberano. É neste período que nascem as grandes Monarquias europeias: os
Reis Católicos em Espanha, os Tudors em Inglaterra e o absolutismo real em França. Tudo culminará no l’État cést moi de Luis XIV. É o primado da política sobre a moral: politique d’abord, em vez do morale d’abord. Recorde-se Portugal no tempo de Dom João II: o reforço do poder real, o desprendimento de limites morais e – noutro plano – o interesse pela descoberta do Universo.
Os descobrimentos portugueses desempenham papel primordial. E com os descobrimentos vem o progresso das técnicas e da mentalidade científica, com as maiores consequências. Uma delas será nada mais nada menos que o início do capitalismo moderno, primeiro comercial e, só depois, industrial. Por último, é durante esta fase que se produz esse grande terremoto europeu que é a Reforma protestante, depois seguida da contra-reforma católica – acontecimentos que dividem a Europa cristã em dois grupos que não tardarão a confrontar-se em ‘guerras religiosas’: os

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