Resenha do conto o enfermeiro

917 palavras 4 páginas
Machado de Assis é a maior expressão do conto literário brasileiro do século passado. Machado não só legitimou o valor do gênero, novo no Brasil de então, uma vez que a forma "conto" surge para nós apenas na segunda metade do século XIX. Ele foi também o primeiro grande escritor nacional a explorar ao máximo suas possibilidades estéticas. Em seu famoso ensaio Instinto de Nacionalidade, publicado em 1873, Machado de Assis atribui uma grande importância aos contos
Nessas narrativas curtas, descobriremos os mesmos temas e os procedimentos literários, ainda mais apurados, que fazem dos romances de Machado de Assis pontos cardeais de nossa Literatura.
Machado se mostra cético quanto à sociedade brasileira e quanto à natureza humana. Mas esse ceticismo é velado, insinuado em frases curtas e de longo alcance, que dão ao leitor o prazer da descoberta. Ele representa o sorriso do narrador que conta a história. Machado de Assis, através de seus contos e romances, consegue ir além dos limites da sociedade carioca, uma vez que seus escritos conseguem se mover no amplo cenário da História e da Literatura.
No conto O Enfermeiro,está, certamente, entre os melhores contos de Machado de Assis. Narrado em primeira pessoa a um interlocutor imaginário, é a história do último enfermeiro do rabugento coronel Felisberto, que esgana seu indócil paciente.

Sofre o drama de consciência, intensificado pela herança do pecúlio do velho, mas a culpa arrefece quando se vê reconhecido por sua dedicação extrema. São todos exemplos maduros do realismo machadiano. O narrador nos relata a história de uma vez em que tinha ido trabalhar como enfermeiro para um riquíssimo senhor de nome Felisberto. Era tão rico quanto ranheta, o que havia motivado os inúmeros pedidos de demissão de enfermeiros anteriores. Por causa disso, o narrador é tratado pelo padre da pequena cidade interior em que estão com toda a atenção, já que é quase a última esperança.

Corre a seu favor o fato de o senhor

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