Resenha de módulo de medida, módulo do objeto - argan

Argan, Giulio Carlo. Projeto e destino: módulo-medida e módulo-objeto. São Paulo, Editora Ática, 200. P. 93-102.

Apresentação do autor da obra
Giulio Carlo Agan nasceu em Turim, na Itália, no ano de 1909. Formou-se em letras em Turim em 1930, onde foi aluno de Lionello Venturi, mestre do qual herdou o idealismo inicial, a propensão a uma crítica atuante e o idêntico interesse pela arte antiga e contemporânea. Destacou-se internacionalmente a partir da década de 30 com estudos sobre a arte medieval, durante o aperfeiçoamento em Roma com Pietro Toesca, renascentista e à época contemporânea, alinhando-se ao viés racionalista da revista Casabella.. Na década de 50, realizou estudos sobre Brunelleschi, Gropius, Bauhaus, Beato Angelico, Botticelli. Passou a ser considerado é considerado um dos mais importantes historiadores de arte do século XX. De 1933 a 1955, foi inspetor da Direzione Generale delle Belle Arti e redigiu em 1939 a lei 1089, que ainda hoje rege a tutela do patrimônio artístico, e cria o Instituto Centrale per il Restauro. Após uma temporada no Warburg Institute em Londres, publica em 1946 um estudo sobre a perspectiva de Brunelleschi, com traços marcantes de sua formação panofskiana. No ano de 1959, sucedeu a Venturi na cadeira de história da arte moderna, na Universidade de Roma. De abril de 1968 a novembro de 1970 publicou numerosas monografias e coletâneas sobre a História da arte italiana, que desde então têm servido como referência para o ensino da arte e da arquitetura nas universidades italianas. Pôs-se na defesa do abstracionismo e da arquitetura funcionalista, o que era pouco comum entre os militantes comunistas, marcou, assim, sua posição entre os críticos que ajudaram na difusão da arte moderna.
Muito ativo politicamente, elegeu-se prefeito de Roma em 1976, e senador em 1983, pelo Partido Comunista Italiano. Seu último trabalho foi Michelangelo architetto (1990).