Resenha de análise do filme Cidade de Deus

Cidade de Deus: Inclusão à Força

Elcy Luiz da Cruz é doutor em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco ( UFPE). Atualmente é professor adjunto da Universidade de Pernambuco (UPE), campos Garanhuns, atuando principalmente nos seguintes temas: Literatura, ficção e realidade, romance, sociocrítica e avaliação de aprendizagem. Dentre essas áreas de atuação, vamos destacar o romance de Cidade de Deus: Inclusão à Força do capítulo 09 do livro: Língua, literatura e Ensino – Subsídios teóricos e aplicados, que faz parte de uma obra dos professores Benedito Gomes Bezerra e Jairo Nogueira Luna, os quais contaram com o professor Elcy, como sendo um dos colaboradores do livro.
O capítulo 09 que tem como título: Cidade de Deus: Inclusão à Força nos traz uma abordagem diferente de mundo, já que o autor do romance é um ex-morador de favela. A partir da leitura do romance, podemos observar traços de uma realidade marcada pelo medo e que faz uso da linguagem como ferramenta de aproximação entre o autor e o leitor, resultando assim numa maior e melhor compreensão da realidade, ampliando assim nosso conhecimento de mundo.
O romance Cidade de Deus de Paulo Lins nos traz uma abordagem diferenciada de mundo a partir e uma experiência pessoal do próprio autor, o qual foi considerado um “porta voz” dos excluídos, durante narrativa podemos presenciar traços de abandono, exclusão, gerando assim uma falta de perspectiva por parte dos moradores e que consequentemente abre espaço para o desenvolvimento da violência, do tráfico de drogas, como sendo resultado de um sistema que gerencia mal sua distribuição de renda, deixando a mercê uma grande parte da população e que para muitos são só apenas números para o IBGE. A favela passa a ser um espaço de exclusão social, onde não existe lei, ou melhor, a lei quem faz são os próprios moradores. O ex-morador da favela e autor Paulo Lins, traz através de discursos periféricos uma nova perspectiva, um novo olhar a respeito da Cidade de