Resenha de Antígona

940 palavras 4 páginas
RESENHA CRÍTICA DA OBRA “ANTÍGONA” DE SOFÓCLES.

(SÓFOCLES. Antígona; Tradução por Jean Melville. 3ª reimpressão. São Paulo. Martin Claret, 2010.)

A peça Antígona é a segunda mais antiga das sete peças restantes (das 123) que o grande tragediógrafo grego Sófocles escreveu. Datada de 442 a.C, sua história conta o excerto final da vida da personagem-título. Após Polinices e Eteócles (irmãos de Antígona) matarem-se simultaneamente numa guerra civil fraticida pelo trono de Tebas (cidade onde se passa a narrativa), Creonte (tio materno de ambos; tirano que assumiu o governo da pólis),presta todas as homenagens fúnebres ao mais novo(que lutou por Tebas) e lança um édito proibindo despoticamente que qualquer cidadão enterre e/ou homenageie Polinices.
Esta decisão de não permitir que enterrem Polinices vai de encontro à cultura e às leis divinas. Antígona não aceita tal situação e decide desobedecer ao tio, mesmo que sua ameaça de que mandaria matar quem o desobedecesse, fosse cumprida. Ela está disposta a defender com sua própria vida as leis divinas.
Inicialmente, analisam-se as divergências entre os comportamentos de Antígona e sua irmã Ismênia. Ao pedir ajuda desta, Antígona é chamada de insana por desafiar a lei imposta. Ismênia representa o povo de Tebas que, mesmo não concordando com Creonte, obedece-o pelo medo da punição legal. Já a jovem heroína representa a cultura, o peso da tradição, os costumes, o Direito Consuetudinário. Ao mesmo tempo em que é a criminosa, a infratora do Direito Positivo, a cidadã que desobedece ao édito.
Neste ponto, é importante a diferenciação entre Direito Natural e Direito Positivo. Conforme Wolkmer (1989, p.124): “O jusnaturalismo, que reivindica a existência de uma lei natural, eterna e imutável, distinta do sistema normativo fixado por um poder institucionalizado (Direito Positivo), engloba as mais amplas manifestações do idealismo que se traduzem na crença de um preceito superior advindo da vontade divina, da ordem natural

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