resenha crítica do filme Lincoln

No século XIX, por volta do ano de 1865, a América vivia uma “democracia”, e esta foi ameaçada pela divisão interna sobre a questão da escravidão humana. Iniciou-se uma guerra entre o Norte abolicionista e o Sul escravagista, não podendo o governo manter a metade escrava e outra metade livre.
Assim, o Presidente da época, Lincoln, fora reeleito, onde tomaria posse apenas no mês de março. No entanto, sua idéia e esforço era aprovar a Emenda Constitucional no 13, que consistia na abolição da escravidão no país inteiro, antes de seu mandado terminar e tomar posse da reeleição, é dizer, em um prazo corrido de 2 meses, onde, para muitos, sua imagem de “semi-Deus”, devido a certeza de sua vitória na guerra, poderia ser manchada.
É cediço que já existia a Cosntituição norte-americana (1787), ou seja, um constitucionalismo, separação de poderes, controles de constitucionalidades e princípios que visavam proteger os direitos fundamentais do povo norte-americano. Porém, seria correto afirmar que viviam em uma democracia?
É perceptível a inexistência dos princípios da igualdade e da dignidade da pessoa humana. No primeiro, parte das pessoas, principalmente no Sul, recusavam-se a serem comparadas com os negros e muito menos aceitar a liberdade, pois “não eram pessoas” e sim coisas e propriedades de alguém. No segundo, não havia respeito, tolerância e inclusão social, existindo, assim, a incapacidade de aceitar o outro na plenitude de sua liberdade de ser, pensar e criar. Assim, apesar de ter sido o primeiro país a possuir e seguir uma Constituição, os princípios nela inclusos eram superficiais e de pouca importância.
D’outra sorte, é evidente a existência de um controle constitucional preventivo, sendo este realizado pelos Poderes Legislativo e Executivo, anteriormente à conversão de um projeto de lei, norma ou emenda constitucional, visando impedir que um ato inconstitucional entre em vigor.
Ora, até então, a escravidão era considerada legal, nada mais normal a