Resenha crítica de Alta Idade Média e dilemas nacionais europeus
O autor ressalta as mudanças de interpretações sobre os povos bárbaros que vieram a governar acima das regiões antes pertencentes ao Império Romano do Ocidente, principalmente entre os discordantes historiadores franceses e alemães. Destaca que o motivo dessas mudanças não tem relação com um possível aumento das fontes historiográficas desse período, já que isto não ocorreu. As primeiras páginas do artigo esclarecem que o objetivo é comprovar os “fatores políticos e ideológicos” como componentes cruciais para a alteração dos pontos de vista acerca os povos bárbaros, mais especificamente os merovíngios.
O historiador indica inicialmente duas principais vertentes surgidas desde o século XIX, a escola germanista e a escola romanista. A primeira, apesar de anunciar a legitimidade dos reinos bárbaros e sua contribuição para o Ocidente após a queda do Império Romano, subdivide-se em opiniões contrárias dos historiadores de duas nacionalidades: os alemães e franceses. Os adeptos alemães em maioria ressaltam os povos bárbaros como conquistadores que triunfaram sobre um império já decadente, trazendo jovialidade àquelas terras. Em contraposição à essa afirmação, os franceses julgam os povos bárbaros como o motivo de uma regressão política. Embasando essas afirmações, o autor cita