Resenha Critíca

Resenha Critíca
SEGRE, G. Gêneros. In: Enciclopédia Einaudi. Literatura- Texto. Vol. 17. Ed. Portuguesa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1989.

No texto abordado, Segre trata do conceito de gênero desde uma perspectiva histórica ao momento contemporâneo. O Autor inicia a sua abordagem ao tema falando historicamente sobre o seu conceito a partir da sua raiz latina, dizendo que em latim é “genus”, que entre os usos literários da palavra significa “estilo”, e que o uso da palavra latina reproduz, de resto, a do grego “genos”, porém em grego, para gênero literário é mais usada à palavra “eidos”, cujo significado próprio é o de aspecto ou forma (p.70). À medida que o autor vai descrevendo a origem da palavra, podemos perceber que o problema colocado por ele no texto aborda o sentido de valor e estilo, mais precisamente relacionado a uma classificação dos gêneros, uma vez que ele afirma que esta criação possui às vezes uma função nomenclativa, e outras vezes, projectual ou mesmo normativa. Falando sobre a diferença de generalização, Segre prossegue dizendo que enquanto Platão propõe uma classificação exclusivamente conteudista, fundada na mimese “imitação”, Aristóteles mantém esse critério, porém despreza o gênero lírico se ocupando apenas da tragédia, por não ter pretensões a qualquer normatividade, nem a definir gêneros literários. Segundo o autor foi mais precisamente no período Alexandrino que houve o amadurecimento de uma doutrina dos gêneros, postos em relação direta com o estilo e caprichosamente classificados como: sublimes, humildes e médios. O desenvolvimento de cada um dos gêneros como o seu sistema eram governados exclusivamente pelo proto consolidar de tradições e pelas exigências do público (p. 73). Ele diz também que em resposta ao silêncio de Aristóteles houveram enérgicas revalorizações feitas por Daniello, Tasso, Guarini e outros, porém não superaram as dificuldades da definição, pois discutir gêneros literários