resenha critica
Trata-se da fase de desenvolvimento da velhice, das suas características, a vivência de relacionamento com uma sexualidade presente saudável, da despedida, das perdas. As vezes você tem que deixar o que você não pode viver sem. (Fiona- Julie Christie) E (Grant- Gordon Pinsent) que nos conta a estória, que se faz compreensível, quase no final do filme.
O filme retratado no Canadá consegue expor de maneira sutil a relação de um casal de idosos. Grant e Fiona, que vêem suas vidas serem alteradas, na medida em que Fiona é acometida pelo Alzheimer. A partir dai, se segue toda uma trama, com tomadas de decisões e alterações das formas de viver e se relacionar, culminando com o agravamento progressivo da doença. O titulo remete ao desejo de Grant não ficar longe de sua companheira, de não sair dos pensamentos de Fiona, que sente desaparecer gradualmente depois de uma longe união de 44 anos, que aparenta ter sido regada de bons momentos, companheirismo e cumplicidade.
A doença conhecida como mal de Alzheimer atinge, basicamente, a aréa no cérebro que controla a memoria, a linguagem e o raciocínio, podendo também afetar outras aréas e comprometer outras funções com o agravamento da doença.
A primeira parte do filme reflete o início da doença, Fiona começa a apresentar dificuldades com a linguagem, esquecendo-se, por exemplo, a correta conjugação dos verbos. Lapsos de memória envolvem situações em que a boca do fogão não é desligada ou quando guarda uma frigideira dentro do freezer, progredindo para uma situação, em que a mesma ao sair para um passeio, não volta para casa, por não lembrar o caminho. A partir dai ocorre uma mudança na relação do casal, Grant percebe que deve responsabilizar por alguns tipos de cuidados com sua esposa.
Há um determinado momento da trama em que Grant e Fiona decidem ir até uma clínica para uma avaliação médica,