Resenha Critica do Capítulo 4 do livro Perspectivas Sociológicas de Peter Berguer

1651 palavras 7 páginas
Fichamento do Capítulo 4 do livro Perspectivas Sociológicas. BERGER, P. L. Petrópolis, Vozes, 1976.
A mudança da interpretação da realidade do espaço geográfico que nos cerca, processo desenvolvido durante a infância, onde um mero endereço passa a servir como paradigma para essa transição, legitimando na criança a “cosmovisão adulta” (pg. 78, 1º §). O endereço passa a ser tratado em seguida apenas como um elemento de atribuição de coordenadas a uma pessoa, limitando-a geograficamente, tanto como os demais conhecimentos que adquirimos irão fazer conosco durante o nosso crescimento. Como bem diz o autor, “O adulto normal é aquele que vive dentro das coordenadas que lhe foram atribuídas” (pg. 79, continuação do § anterior). “Aquilo a que se chama consenso geral é na verdade o mundo dos adultos aceito como óbvio” (pg. 79, 1º§). Essa descrição sumariza a idéia do autor, que defende que as coordenadas que nos são atribuídas no meio “geográfico”/social são determinantes para o que podemos ou não fazer, em que contexto estamos inseridos, e que, estando em sociedade, corremos riscos ao ignorar ou desobedecer as regras, ou coordenadas que definem nossa localização. Esse pensamento segue no parágrafo subseqüente, onde o autor afirma ainda que “as coordenadas básicas dentro das quais se pode mover e tomar decisões ainda terão sido traçadas por outros, na maioria estranhos, muitos deles mortos, há muito tempo” (pg. 80, continuação do § anterior), idéia transcrita na análise de como pessoas de classe mais baixa fazem uso do pronome “eles”.
A seguir o autor cita duas áreas de investigação pelas quais ele irá defender sua tese descrita anteriormente, sendo elas o controle social e a estratificação social. O controle social ‘refere-se aos vários meios usados por uma sociedade para “enquadrar” seus membros recalcitrantes’ (pg. 81, 1º §), sendo que “os métodos de controle variam de acordo com a finalidade e o caráter do grupo em questão” (pg. 81, 1º §). O autor então discorre

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