República e Cidadanias segundo José Murilo

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Alguns grupos viam na propaganda do novo regime uma oportunidade para redefinir seu papel político. Além dos propagandistas civis, conservadores e radicais, os militares também constituíam um grupo que se salientou na propaganda política do novo regime. Eles estavam insatisfeitos quanto ao que consideravam limitações de seus direitos de cidadania – queriam mais peso nas decisões políticas para a corporação militar., como ladrões, prostitutas, ciganos, ambulantes, bicheiros, capoeiras etc. Essas pessoas eram as que mais compareciam nas estatísticas criminais, responsáveis pela desordem, vadiagem, embriaguez e jogo. Além disso, a cidade do Rio de Janeiro também enfrentava problemas com habitação, abastecimento de água, saneamento, higiene e epidemia. Sobre o fato do povo não ter tido participação na Proclamação da República. Isso nos mostra que a transição do período monárquico para a República, que deveria trazer o povo para a atividade política, foi apenas, na teoria. Com a mudança de regime houve problemas sociais, como o aumento da população, a mão de obra escrava foi lançada no mercado de trabalho no pós-abolição, aumentando o número de desempregados esse êxodo para a cidade, aumento da imigração estrangeira, - principalmente de portugueses - mais homens que mulheres na cidade carioca, alto número de solteiros e baixo número de famílias regularizadas, acúmulo de pessoas mal remuneradas e sem ocupação fixa, - resultando, muitas vezes, em “classes perigosas ou potencialmente perigosas” “República e Cidadanias” o autor disserta sobre a questão da cidadania na capital carioca. José Murilo destaca que, analisando a cidadania política, exclui-se do direito ao voto os pobres, os mendigos, mulheres, menores de idade e os membros da ordem religiosa. Desta forma, grande maioria da população não votava. O direito social da educação poderia dar cidadania à população, no entanto, desconhecia-se esse direito.
A República, segundo José Murilo, fez muito pouco em termos de

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