Replicação e Cancer

Replicação e o Câncer
No decorrer da vida, o DNA sofre pequenas alterações, denominadas de mutações, causadas por erros que ocorrem durante a duplicação do DNA (replicação) ou na sua transcrição. O aparecimento de mutações no DNA ocorre em todos os seres vivos e é um processo fundamental para a evolução e diversidade das espécies. O câncer se caracteriza por uma proliferação anormal e descontrolada de células que perderam seu controle funcional sobre o crescimento celular e apoptose (morte celular programada), ocasionando a invasão de tecidos e órgãos. A origem do câncer, por sua vez, se dá através dessas mutações, que são alterações irreversíveis na estrutura do DNA e que podem, ocasionalmente, causar esse descontrole celular.
Estima-se que 5 a 10% do genoma seja constituído por genes contendo códigos para síntese das proteínas, e 25 a 40% do genoma seja formado por sequências repetitivas de DNA. Alguns genes, conhecidos como genes de reparo, produzem proteínas com a função de preservar a integridade do DNA, reparando possíveis erros durante a replicação. Ao observar-se o genoma de um tecido tumoral, percebeu-se uma grande alteração nas sequências repetitivas de DNA e deficiência na ação das proteínas de reparo causada pelas mutações, este defeito genético é denominado erro de replicação positivo (RER+).
Ao passar dos anos, pequenas mutações ocorrem na estrutura do DNA devido a exposições a agentes químicos, físicos ou virais acumulados, que podem acelerar o processo de duplicação, aumentando a probabilidade de lesões no DNA, sendo que com o avanço da idade, a probabilidade de apresentar algum quadro cancerígeno, aumenta.
O surgimento do câncer não depende de uma única mutação no DNA, mas sim de um número de mutações suficientes para ocasionar uma instabilidade genética celular e que não seja tão alto que acabe levando a célula à morte. De maneira geral, em adultos, a ocorrência de um tumor depende de cinco ou mais mutações genéticas que se acumulam ao longo