Renascimento

1520 palavras 7 páginas
PARTE 1 – DESCONSTRUINDO O MITO
O mito do renascimento. Nesse primeiro momento, Peter Burke faz uma crítica ao Renascimento caracterizado pelo historiador Jacob Burckhardt como um fenômeno que teria surgido na Itália (sendo ela seu epicentro) e, posteriormente, tendo as novas posturas e formas artísticas se espalhado pelo restante da Europa. Segundo Burke, essa ideia de Renascimento é um mito. Por que um mito? 1º. Mito é um termo ambíguo e é aqui usado em dois sentidos diferentes: quando os historiadores se referem a mitos sugerem afirmações sobre o passado de algum modo enganadoras ou cuja falsidade se pode provar. No caso do Renascimento de Burkhardt, esses historiadores opõem-se aos contrastes que ele estabelece entre o seu Renascimento e a Idade Média, entre a Itália e o resto da Europa, de forma a ignorar as muitas inovações produzidas na Idade Média. 2º. Num sentido mais literário, o mito é uma história simbólica sobre personagens extraordinárias (que realizaram grandes feitos), uma história com uma moral; uma história sobre o passado com o objetivo de explicar ou justificar o atual estado das coisas. As personagens do Renascimento de Burckhardt (citar alguns) têm um valor simbólico como sendo responsáveis pelo “despertar” e o “renascer” da denominada “Idade das Trevas”, deixando de lado a importância de todo o conjunto de transformações sociais e culturais que ocorreram na Idade Média. Muitos medievalistas usaram de argumentos muito importantes para demonstrar o que para eles, o conceito de Renascimento de Burckhardt, está bastante equivocado. Para muitos deles esses homens do Renascimento eram bastante medievais, tradicionais no seu comportamento, crenças e ideais. Podemos tomar como exemplo dois dos mais famosos livros escritos na Itália do século XVI, O Cortesão e O Príncipe. O Cortesão de Castiglione aproxima-se das tradições medievais de comportamento e amor cortês, assim como os textos clássicos como o Banquete de Platão ou Dos Deveres de

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