Relatorio Gnosia - Processamento de plantas medicinais

Processamento de plantas medicinais

Introdução
Hoje a fitoterapia deixou de se fundamentar no uso tradicional passando a estar cada vez mais apoiada nos aspectos da qualidade, da eficácia, e da segurança. Para assegurar esses critérios, a planta é selecionada de acordo com os tipos de compostos responsáveis pela sua ação, depois cultivada de modo a ter a menor variabilidade possível e colhida na altura em que se apresenta um maior teor desses compostos (CUNHA et al., 2003).
O uso das plantas medicinais para o seu uso se inicia com a identificação correta da espécie de interesse, em seguida, a coleta adequada dessa espécie, o seu pré-tratamento e armazenamento correto e se segue com a sua preparação e utilização terapêutica, que também são passos que exigem atenção para que sejam adequados e consequentemente os resultados do tratamento sejam satisfatórios. Qualquer erro em qualquer uma dessas etapas pode gerar no comprometimento do resultado final do processo (PACHU, 2007).
O primeiro passo é realizar a identificação da planta de interesse, uma vez que, uma espécie identificada erradamente pode gerar um medicamento fitoterápico inócuo ou em situação mais extremas, uma intoxicação por planta venenosa. Realizado essa identificação, a primeira etapa da preparação da droga vegetal é a coleta. É essencial que a seleção do material coletado seja feito com cuidado, evitando coletar partes do vegetal afetadas por doenças, parasitas e matérias estranhos, tais como outras plantas ou mesmo partes da própria planta que não sejam de interesse terapêutico. Deve-se registar o local, a hora, a data da coleta já que o meio ambiente, a hora do dia e a época do ano exercem grande influência sob a produção e o acumulo dos metabolitos vegetais (SIMOES et al., 2010).
Sabendo que durante o processo de coleta, nem sempre consegue-se colher somente os órgãos vegetais de interesse ou colher materiais vegetais totalmente livres de impurezas, sem materiais estranhos ou doenças.