Relação entre o livro Vidas Secas e as Músicas de Luiz Gonzaga

Uma relação entre o livro “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos e as músicas de Luiz Gonzaga

As músicas de Luiz Gonzaga são bastante conhecidas em todas as regiões do Brasil. Porém, são, em sua maioria, referentes a vida dos nordestinos. Em Vidas Secas, Graciliano Ramos fala a respeito da vida de uma família de retirantes e de como eles sobrevivem na seca do Nordeste. Acho que uma das músicas que mais se relaciona com esse tema é Asa Branca. A música, assim como o livro, conta a história de um retirante na época da seca. Asa Branca cita como ele perdeu tudo que tinha por conta da seca e o que ele teve que deixar para trás quando saiu do lugar onde morava. O livro de Graciliano retrata a migração de uma família de retirantes devido ao longo período de estiagem no sertão nordestino. Assim como ele, em muitas de suas músicas Luiz Gonzaga também retrata essa realidade que muitas vezes não temos acesso. A maioria de nós vê o Nordeste apenas pelas praias e lugares paradisíaco quando viajamos. Outra relação da música com o livro é a gramática. No livro, Fabiano se sente inferior por não saber falar corretamente. Assim como na música, que Luiz Gonzaga canta com muitos erros gramaticais, mas que é como eles realmente falam lá no sertão.

Asa Branca

Luiz Gonzaga
Quando "oiei" a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de "prantação"
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Quando o