Reflexão sobre a posição esquizo-paranóide e a posição depressiva

REFLEXÃO: sobre a posição esquizo-paranóide e posição depressiva

Há uma fase pela qual todos nós passamos e que nos causa um grande trauma. Isso se dá logo nos primeiros dias de vida, nos deparamos com um evento tempestuoso e por não termos recursos psíquicos suficientes para suportar este grande impacto (a realidade), faz surgi a ansiedade, sentimento gerado na tentativa de nos livrar e de nos defender dessa angustia diante do desconhecido o que nos leva a criar os mecanismos de defesa. Assim, iniciamos a nossa travessia pela posição esquizo-paranóide.

É uma luta necessária para que possamos sobreviver o caos do nascimento, nesse processo de defesa o nosso ego ainda primitivo e desorganizado, vai se deparar com muita ansiedade e ele acaba criando internamente um conflito entre o instinto de vida e o instinto de morte. Enfrentar a realidade externa, na constante eminência de morte, surge mais um conflito e uma ambiguidade de sentimentos o (amor e o ódio). Porque em parte temos um objeto bom, que nos alimenta (seio bom) e em parte temos um objeto mau que nos deixa desamparado (seio mau) e do ponto de vista do ego primitivo é extremamente conflitante lidar com estes objetos sem ter muita representação para a compreensão dos eventos.

Sem muitos recursos de representação do que está acontecendo, o nosso ego ainda despreparado e sendo confrontado diariamente com a ansiedade e angustia (realidade) nos faz responder ao instinto de morte fazendo com que o ego seja dividido, (parte boa e parte má). Tempos depois, um pouco mais adaptado psicologicamente, vamos ter recursos para nos livrarmos do que incomoda, utilizamo-nos dos mecanismos de defesas, criamos as projeções e as introjeções, entretanto, uma parte do que é mau em nós internamente (instinto de morte), vamos converter em agressividade.

Na tentativa desesperada pela vida, vamos projetar para fora a parte que entendemos ser má e ameaçadora, pois do ponto de vista psicológico e primitivo é uma