Reflex es sobre Psicologia Jur dica e seu panorama no Brasil
No Brasil, o termo Psicologia Jurídica é o mais adotado. Entretanto há profissionais que preferem a denominação Psicologia Forense. O termo forense nos leva a ideia de fórum, tribunal, já a palavra “jurídico” da um sentindo mais amplo e abarca os conhecimentos do Direito. Assim, a palavra “jurídica” torna-se mais abrangente por referir-se tanto aos procedimentos ocorridos nos tribunais, quanto àqueles que são frutos da decisão judicial ou ainda àqueles que são de interesse do jurídico ou do Direito. Atualmente, a Psicologia Jurídica é uma das especialidades emergentes da ciência da Psicologia, onde psicólogos já atuam nesta área há muito tempo, pois estudar comportamentos é uma das tarefas da psicologia. A complexidade desses comportamentos se dá pela multiplicidade de fatores que o determinam. Assim afirma Popolo: ”Desde la misma perspectiva psicológica pude ser examinada a partir de distintos horizontes, como lo veremos em la pericia, al adoptar uma perspectiva pericial multifatirial. Podemos analizar la conducta desde distintos fatores: a) desde el contexto mínimo donde el hecho a estudiar há tenido lugar; b) desde su contexto grupal, da família de origem o família atual; c) desde la conducta vista em um contexto más amplio como el de la comunidade donde la misma há tenido lugar, y a partir de determinados constructos individuales” (Popolo, 1996, p.22).
No texto citado acima, verificamos que Popolo ressalta a importância dos peritos reconhecerem o limite de sua perícia, pois se trata de um conhecimento produzido através da realidade. Esses conhecimentos produzidos pelas perícias são tratados como a verdade sobre o individuo e estende-se em sua integridade e essa marca determinará à sua existência. As avaliações psicológicas, como as perícias, são importantes, contudo há a necessidade de repensá-las, pois realizar perícia é uma das possibilidades de atuação do psicólogo jurídico, mas não a única.