REDE DO SUS NO ESTADO DE GOIÁS: ESTUDOS PRELIMINARES DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL DA SAÚDE
DESENVOLVIMENTO REGIONAL DA SAÚDE
Cristiano Martins da Silva
Universidade Federal de Goiás crystiano_martins@yahoo.com.br INTRODUÇÃO
Como é afirmado por Corrêa “os estudos sobre redes urbana têm se constituído em uma importante tradição no âmbito da Geografia” (2006, p. 15). Essa importância, segundo
Corrêa, decorre da:
(...) consciência do significado que o processo de urbanização passou a ter, sobretudo a partir do XIX, ao refletir e condicionar mudanças cruciais na sociedade.
Por meio da rede urbana e da crescente rede de comunicações a ela vinculada, distantes regiões puderam ser articuladas, estabelecendo-se uma economia mundial.
(Idem).
Alguns números podem confirmar esse processo de urbanização citado pelo autor.
Segundo o IBGE, em 1991, 75,59% da população brasileira residia nas cidades. Atualmente, contamos com mais de 84,35% de população urbana, o que consagra as cidades como tema constante nos estudos geográficos, desde o fim da Revolução Industrial, quando a sociedade sofria sua consequências sócias e espaciais.
Tais taxas de urbanização estão relacionadas, entre outros fatores, ao poder de atração, tanto psicológico quanto econômico, que as cidades sempre exerceram nas pessoas.
Principalmente nos países pobres, Gomes et al. (2004) afirma que a miséria repulsiva, que sempre caracterizou o meio rural, tem deslocado, ao longo da história, populações, pobres ou ricas, em busca de melhores condições de vida nas cidades.
Segundo o referido autor “o poder maior ou menor de atração de uma cidade depende, além de uma série de fatores, como (...) sítio, localização, meio natural rico, etc. –, das funções urbanas que ela possui” (GOMES et al., 2004, p. 104). Podemos considerar que as funções urbanas são as atividades predominantes numa cidade. “Então de certo modo, a função é a ‘profissão” exercida pela cidade, é sua razão de existir” (Idem). Em outras palavras, quanto mais