Real,imaginário e simbolos

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Roudinesco e Plon (1998) sintetizam a identificação, na psicanálise lacaniana, como um processo central pelo qual o sujeito é constituído e transformado, em momentos diversos, por aspectos, traços, valores ou atributos dos sujeitos que o cercam.

Lacan (1972) define as três categorias conceituais como: simbólico, imaginário e real. O registro do simbólico é o lugar fundamental da linguagem. É a relação do sujeito e o grande Outro. No sujeito envolve aspectos conscientes e inconscientes. Isto significa que a maneira que o inconsciente se manifesta se dá através da linguagem.

Lacan (1998) descreve a linguagem como o simbólico, já que é por meio dela que o sistema de representações, baseado em significantes, determinam o sujeito à sua revelia. É por meio desse sistema simbólico que o sujeito refere-se a si mesmo ao usar a linguagem (ROUDINESCO; PLON, 1998).

O imaginário é um registro psíquico correspondente ao ego (eu) do indivíduo. O indivíduo busca no Outro (pessoas, amor, imagem, objeto) uma sensação de completude, de unidade. No entanto, o Outro não existe para desenvolver a imagem com que o ego (eu) quer ser sustentado.

“O real é o registro psíquico que não deve ser confundido com a noção corrente de realidade. O real é o impossível, aquilo que não pode ser simbolizado e que permanece impenetrável no sujeito” (BRAGA, 1999, p. 2).

Lacan (1955/56) aborda que: o real é o que se escapa à simbolização, pois na relação do sujeito com o símbolo, há a possibilidade de uma verwerfung primitiva, ou seja, que alguma coisa é simbolizada e que vai manifestar no real.

A noção de real, a partir do nó borromeano, é melhor entendida considerando a ideia de algo que articula uma coisa com a outra, mas distintas uma da outra. O real escapa à materialização e, assim, também o desejo. Se o que aprendemos no significante metafórico, na cadeia de significante, trata-se de identificação que compõem um sujeito, não podemos falar que ali se manifestou um desejo,

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