Razão instrumental e concepção dialética

Razão Instrumental e Concepção Dialética Para o pensamento metafísico, o conhecimento humano se dá porque a razão do homem é capaz de apreender, muito naturalmente, a essência das coisas, seja a essência conquistada pelo realismo naturalista de Aristóteles (que afirma que a dialética é o único caminho que leva ao verdadeiro conhecimento, é através da mesma que se chega no “Mundo das idéias”) e Santo Tomás de Aquino, seja a conquistada pelo realismo idealista de Platão e Santo Agostinho.
O termo “Razão Instrumental” foi provavelmente cunhado por Max Horkheimer. Pode-se dizer que essa razão nascida dos ideais Iluministas ocorre quando o sujeito do conhecimento toma a decisão de que conhecer é dominar e controlar a Natureza e os seres humanos; com a finalidade de aplicar e transformar a própria realidade e o homem. Segundo Marilena Chauí, razão instrumental é “a transformação de uma ciência em ideologia e mito social, isto é, em senso comum cientificista”. Marilena Chauí se refere à ideologia pois não é mais a busca pelo conhecimento que move ciência, e sim a busca pelo controle e pela dominação da natureza e do homem. Na medida que a razão se torna instrumental, a ciência vai deixando de ser uma forma de acesso aos conhecimentos verdadeiros para tornar-se um instrumento de dominação, poder e exploração. A Razão instrumental promove um verdadeiro desencantamento do mundo, na medida em que todo conhecimento humano perde seu valor absoluto como fim, se torna apenas um meio; na sociedade capitalista, o conhecimento é um meio para se alcançar a maximização das ganâncias e dos benefícios financeiros. ADORNO e HORKHEIMER fazem a seguinte pergunta: “por que a humanidade, em vez de entrar em um estado verdadeiramente humano (já que busca o conhecimento, o saber), está em uma nova espécie de barbárie?”
Essa é a prova que a razão não busca mais a verdade. Na sociedade de massa a tecnificação do saber sacrifica a própria liberdade e consciência das