Raimundo Faoro

388 palavras 2 páginas
Raymundo Faoro (1925- 2003), um dos juristas mais importantes do país, tem grande relevância no pensamento social brasileiro. Atuando como homem de ciência e de ação ele esteve envolvido, no decorrer de sua vida, tanto em grandes polêmicas intelectuais e políticas quanto em acontecimentos que marcaram a vida nacional, como, por exemplo, o processo de transição que se inicia a partir de 1973 dentro da ditadura militar (1964-1985). Neste artigo, serão apresentadas as suas incursões tanto pelos debates intelectuais quanto pelos embates políticos que ganharam forma com o processo de redemocratização do país nas décadas de 1970, 1980 e 1990 . Pode-se dizer que a publicação da obra Os donos do poder, em 1958, já colocava, na ordem do dia, as inúmeras questões acerca das dificuldades políticas de construir uma sociedade mais democrática e inclusiva no Brasil. Deve-se esclarecer que a primeira edição da obra, a de 1958, ganhou uma versão revista e ampliada em 1975. A referida obra, que completará 50 anos em 2008 potencializou um debate que já vinha sendo feito nas décadas anteriores acerca da possibilidade ou não de pensar a vida social brasileira, desde o século XVI, em vista do conceito de classe social. Gilberto Freyre (1994), em Casa Grande e Senzala, de 1933, já havia se posicionado favoravelmente à existência de classes sociais no Brasil-colônia, o que foi enormemente questionado por Faoro na obra de 1958. Em uma entrevista no ano 20001 ele perguntava: "Luta de classes no Brasil do século 16?" E respondia: "Não havia classe coisa nenhuma" (FAORO, 2000: 9). Ao afirmar que não existiam classes no século XVI não significava, porém, em sua obra, uma negação da existência delas nos séculos posteriores O epicentro do debate que se formou em torno da obra Os donos do poder (1989) estava no modo como Raymundo Faoro introduziu a noção de estamento para pensar o país e suas mazelas sociais, econômicas e políticas. Procedendo a uma análise histórica de longo

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