R1 Os Mecanismos De Centraliza O Maria Do Carmo

Universidade de São Paulo (USP) – 2º Semestre de 2007
Curso: Relações Internacionais
Disciplina: Política IV – Instituições Políticas Brasileiras (FLP0204)
Responsável: Profa. Dra. Marta Arretche
Aluno: Guilherme Henrique Sanchez Chenta (Número USP: 5156768)
Resenha 1: “Estado e Partidos Políticos no Brasil (1930 a 1964)”, Maria do Carmo C. Campello de Souza.

Capítulo IV
OS MECANISMOS DE CENTRALIZAÇÃO

O objetivo da autora Maria do Carmo C. Campello de Souza neste capítulo é “sugerir” que o processo de centralização no Brasil (caracterizado por um fortalecimento do Estado graças à criação de aparatos técnico-burocráticos de controle e de novos ministérios, e ao robustecimento do poder militar) teve o efeito de excluir “qualquer hipótese de evolução partidária”. Segundo a autora, tal exclusão ia ao encontro da ideologia autoritária dominante na década de 1930, ideologia essa que dava lugar a uma completa deslegitimação dos partidos políticos e dos mecanismos eleitorais. De fato, como vimos em aula com o Professor Bruno Comparato, muitos acreditavam ser o autoritarismo o caminho político mais adequado ao Brasil, citando ele, inclusive, Sérgio Buarque de Holanda que teria dito, em “Raízes do Brasil”, ser a democracia no Brasil um lamentável mal-entendido, e explicando como se dava processo democrático (política dos governados e coronelismo) nesta terra onde grande parte da população era analfabeta e morava no campo. Para provar a sua tese1, ela desenvolve uma análise em dois níveis principais. No primeiro, ela estuda a relação centro-estados por meio do binômio interventorias-daspinhos e, no segundo, a ampliação dos instrumentos de controle sobre a economia, através dos institutos, autarquias e conselhos técnicos. No que concerne ao binômio interventorias-daspinhos, Maria do Carmo diz, quanto às interventorias, que elas consistiam na nomeação pelo Executivo Federal de um indivíduo que, embora fosse nativo do estado onde fosse atuar, não tinha maiores raízes