Quiralidade

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Compostos quirais na Natureza
Como referido anteriormente, muitos compostos extraídos de matérias-primas naturais são quirais, podendo aparecer isoladamente (só um enantiómero) ou sob a forma de misturas racémicas.
Por exemplo, o limoneno é constituído por dois enantiómeros, em que um deles tem odor a terebentina e pode ser isolado a partir dos frutos do abeto e o outro é o responsável pela fragrância característica das laranjas. A carvona é também utilizada como essência de perfumes e cada um dos enantiómeros constituintes tem diferente odor: um cheira a hortelã verde e o outro a cariz.
É óbvio que as respectivas misturas racémicas terão ainda um cheiro diferente do dos dois enantiómeros constituintes
Como é que através do sentido do olfacto nós somos capazes de distinguir cheiros diferentes num par de enantiómeros, dado estes terem estruturas tão semelhantes? Pensa-se que é devido ao facto de os sensores olfactivos existentes no nariz também serem quirais, pelo que um dado enantiómero só se adapta a um receptor, tendo o outro que se adaptar a um receptor diferente.
Sendo assim, a informação referente às interacções químicas, que é transferida pelo sistema nervoso até ao cérebro por cada um dos sistemas, é obviamente distinta. O corpo humano é estruturalmente quiral, com o coração localizado à esquerda do centro e o fígado à direita. Muitas plantas mostram quiralidade na maneira de se enroscar ao redor de estruturas de suporte, como a madressilva, que se enrosca para a esquerda, enquanto uma trepadeira se enrosca para a direita. O DNA é uma molécula quiral, uma vez que a forma de hélice dupla do DNA gira para o lado direito.

Mesmo os sentidos do paladar e do olfato também dependem, muitas vezes, da quiralidade. Uma forma especular de uma molécula quiral pode ter um determinado sabor ou odor, enquanto a sua imagem especular cheira e tem um sabor completamente diferente. Um exemplo é o caso da molécula do limoneno e de

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