QUERATITE E QUERATOCONJUNTIVITE
2.1.1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Queratite ou ceratite é uma inflamação da córnea, que pode ser provocada por bactérias, fungos, vírus, clamídias, protozoários, drogas (medicação antiviral e antibióticos de amplo espectro ou específicos, antiprotozoários e antiinflamatórios), avitaminose A, processos imunológicos, lesão do nervo trigêmeo, situações nas quais a córnea não esteja adequadamente umedecida e coberta pelas pálpebras (exoftalmo, ectrópio, trauma de pálpebra, paralisia de Bellg) e a exposição a certos agentes químicos e físicos presentes nos ambientes de trabalho. Geralmente a infecção que acomete a córnea é propagada da conjuntiva, denominando-se assim queratoconjuntivite
O acometimento da córnea pode se da por diferentes mecanismos: na ceratite epitelial, variando de uma simples ceratite puntiforme superficial a uma úlcera corneana verdadeira, e na ceratite parenquimatosa, geralmente decorrente de uma necrose por efeito tóxico.
Na córnea, os mecanismos alérgicos podem gerar a ceratite superficial puntiforme, a ceratite flictenular e outras manifestações, como úlcera em escudo, pontos de Trantasg e anel de Wesselyg.
2.1.2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Os mecanismos básicos de produção das ceratites podem ser inflamatórios ou degenerativos.
Em jovens, o trauma ocular e o uso de lentes de contato podem ser fatores predisponentes importantes de lesão de córnea. Em indivíduos mais idosos, a doença corneana crônica (ceratite “sicca” e herpes), o trauma cirúrgico, a ceratopatia bolhosa e o entrópio são predisponentes. Úlceras por fungos têm sido descritas em trabalhadores na agricultura devido a uma inoculação maciça do agente (Candida, Fusarium, Aspergillus, Penicillium, Cephalosporium e outros), mas podem ser observadas também em populações urbanas, a partir da introdução dos corticosteróides na terapêutica oftalmológica. Entre as ceratites por vírus são importantes aquelas