Quentin Skinner

4035 palavras 17 páginas
Quentin Skinner – As fundações do pensamento político moderno (1996)

Parte dois – A renascença italiana

A renascença florentina (pg. 91)
- Baron “demonstrou” que “o nascimento do humanismo cívico foi, em larga medida, resultado das experiências que os florentinos tiveram com Giangaleazzo Visconti (príncipe de Milão, que havia guerreado contra Florença).
- Há, porém, dois fatores - ambos centrais numa leitura do humanismo renascentista - que nos obrigam a questionar a exposição de Baron. O primeiro é que, tratando a crise de 1402 como “um catalisador que fez emergir novas idéias”, Baron ignorou em que medida tais ideias não eram novas em absoluto, mas, antes, um legado das cidades-repúblicas da Itália medieval (cf. Baron, 1966, p. 446). O outro problema é que, enfatizando as qualidades específicas do humanismo “cívico”, Baron também deixou de considerar a natureza dos elos que havia entre os escritores florentinos de inícios do Quatrocentos e o movimento, mais amplo, do humanismo petrarquiano, que já se desenvolvera no correr do século XIV – críticas de Skinner a Baron.
- a maior ameaça à integridade da República florentina está no fato de que seus cidadãos não se sentem mais preparados a lutar por sua liberdade em face das agressões da tirania, mas em vez disso se dispõem a colocar a defesa inteira de suas liberdades nas mãos absolutamente não confiáveis - de tropas pagas e mercenárias. (pg. 96)
- Os humanistas começam definindo o conceito de liberdade de um modo tradicional e já bem firmado. Habitualmente, eles empregam esse termo para indicar ao mesmo tempo a independência e o autogoverno - entendendo-se a liberdade tanto no sentido de se estar livre da interferência externa quanto no de se ter a liberdade de tomar parte ativa no governo da República. Hans Baron se equivoca ao apontar essa concepção como fazendo parte de “uma nova ideologia”, que foi “gerada” no curso das “longas guerras contra a tirania” travadas na primeira metade do século XV (Baron,

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