Quem te ensinou o que é o certo e o errado?

como falado pelo filósofo Michael Sandel, nós aprendemos o que é certo e errado de acordo com a educação passada pela nossa família, com a nossa história e nossa crença, aprendemos com o que vemos em nossa casa, nossos bairros, cidade e país que nascemos e vivemos. Começamos realmente a distinguir o que é certo e errado quando amadurecemos e conseguimos descobrir quem somos, defendemos nossos próprios princípios e constituímos o nosso caráter.
As diferenças entre julgar o que é certo e errado diferem de indivíduo para indivíduo graças a fatores éticos, morais e religiosos. Na sociedade em que vivemos é comum encontrarmos uma grande diferença entre o certo e o errado quando temos distancias tão grandes entre ricos e pobres, cultos e incultos, cristãos, muçulmanos, espíritas e ateus.
A política e seus representantes, através da elaboração e execução de leis tentam servir como mediadores da justiça, julgando o cidadão de acordo com o que é certo, porém é um engano acreditar que a política possa caminhar bem sem considerar questões ligadas aos valores, à moralidade e a religião. Mesmo descordando em diversos aspectos, todos deveriam ser livres para trazer suas convicções morais e espirituais e poder debater sobre justiça.
Por fim, quando falamos de viver em comunidade, partilhando conhecimentos, bens, cultura e vida plena, o julgamento do certo e errado torna-se mais difícil, pois nos dias de hoje as pessoas pensam em seu benefício e desprezam a possibilidade de viver numa sociedade que pertença a todos nós e que não possa ser comprada por interesses próprios.
Cada ação nossa e resultado de uma escolha e cada escolha merece ser encaminhada, discutida e revista. Este e o sentido da ética, da liberdade e da vida em sociedade*.

*Blog Milênio 28/03/2012, Jorge Pontual