Queimadas em Goiás

O período de estiagem que assola o Estado de Goiás, desde maio, já provocou diversas queimadas de pequenas, médias e grandes proporções não só em áreas rurais, mas também nas cidades. Até incêndios florestais são mais recorrentes nesta época, a exemplo do Parque Estadual Serra de Jaraguá, que, há dois dias, arde em chamas. A razão para isso está na baixa umidade do ar e na ausência de chuvas que secam a vegetação, tornando-as potencialmente mais combustíveis. Para aqueles que têm o ofício de combater o fogo, grande parte das queimadas e dos incêndios florestais poderia ser evitada se a população tomasse alguns cuidados básicos.

De acordo com o subtenente Enéas, do Centro de Operações do Corpo de Bombeiros (CB), as ocorrências atendidas pela corporação durante o período de estiagem, que se caracteriza por temperatura e umidade do ar baixas, é algo previsível, contudo as queimadas são difíceis de serem controladas ou evitadas. "Com o aumento exponencial da demanda durante a estiagem, a corporação tenta, na medida do possível, atender ao maior número delas. As queimadas na Grande Goiânia ocorrem mais nos lotes baldios onde há muita vegetação e aparência de abandonados. Isso porque não se faz o acero dos terrenos, e o mato ressecado pela falta de chuva torna-se muito fácil de pegar fogo. Outro problema é que quando fazem a limpeza dos terrenos, amontoam o lixo e não fazem o descarte correto dele. Preferem atear fogo ao lixo e as fagulhas, carregadas pelo vento, atingem outros terrenos espalhando o fogo com muita facilidade. Mas também há muitas ocorrências às margens de rodovias. Alguns desses incêndios são criminosos. As chuvas que caíram no mês de junho ajudaram muito na redução dos focos de incêndio esse ano. Mas onde há vegetação seca, há sempre algum risco", comentou o subtenente. Ele adverte que é importante evitar queimadas durante a estiagem e que os terrenos devem ser sempre mantidos limpos. Atear fogo nas áreas de plantio para preparar o solo para o