Queda do Muro de Berlim

Entendendo as razões para a construção do Muro de Berlim

O fim da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) assinalou o declínio da Europa e a ascensão de superpotências: EUA e URSS. A partir de 1945, a política internacional tornou-se bipolar e dois sistemas antagônicos passaram a defrontar-se: capitalismo e o socialismo.
A Guerra Fria, que é a definição dessa conjuntura de conflito internacional, foi desencadeada pelo avanço soviético no Leste Europeu e pela afirmação explícita da liderança norte – americana com a doutrina Truman. A Guerra Fria adquiriu caráter internacional, pois em todo o mundo, capitalistas e socialistas mediam suas forças.
Conseqüência da atuação, principalmente das duas maiores potências do quadro em questão, EUA e URSS, o Plano Marshall, embasado nos ideais capitalistas, foi projetado para conter o avanço da ideologia socialista e ser implantado na Europa Ocidental pelos líderes políticos norte - americanos. Tal plano consistia em oferecer subsídios financeiros aos países europeus do ocidente, injetando milhões de dólares naqueles Estados, na tentativa de propiciar uma rápida recuperação àquela região e, assim, afrontar o bloco soviético.
Além de tal estratégia, para cercear o avanço soviético, não bastava ajuda econômica. Foi necessário, ainda, criar uma aliança militar com os países do oeste europeu. Isso se concretizou com a criação da organização do Atlântico Norte (OTAN), em abril de 1949, que consistia num conjunto formado pelos países do ocidente europeu, os EUA e o Canadá, cuja fundamentação de suas forças estava direcionada para a “defesa” político – militar dos seus componentes.
Por sua vez, os soviéticos reagiram a todas essas tentativas de contenção. Os países da Europa Oriental foram “sovietizados”, em resposta à tentativa norte – americana de atraí-los para sua influência econômica e política. Partidos políticos foram reorganizados e foi criada a aliança militar dos países da Europa Oriental e da URSS, chamada de Pacto de