que reis ou eu

306 palavras 2 páginas
Bons vilões às vezes vêm na forma de um bruxo que se passa por amigo dos heróis da história. Certo, isso foi muito específico, mas estamos falando do Ravengar!
“Que Rei Sou Eu?” foi uma novela duplamente rica: primeiro pela ambientação medieval inusitada e segundo pela história cheia de críticas (algumas discretas e outras nem tanto) ao Brasil. Ravengar (Antônio Abujamra) fazia parte dos dois contextos: uma referência a Rasputin, o místico que se infiltrou na nobreza russa e a influenciou fortemente, o bruxo controlava a corte como marionetes e, após a morte do rei, conseguiu colocar um mendigo, Pichot (Tato Gabus Mendes) no trono para facilitar o controle.
De fato, durante boa parte da trama, é Ravengar o verdadeiro rei, ajudando a piorar ainda mais a situação no reino para o povo e facilitando a sua própria. E ele não queria só o poder, não! Uma das poucas pessoas a quem ele quer bem é Madeleine (Marieta Severo), esposa de outro conselheiro do Reino, e todos os planos também visavam a conquista do tal amor. Só que Madeleine jamais iria se sujeitar ao poder dele (ou de qualquer homem), e permanece firme, mesmo com as armações para destruir seu relacionamento.
No fim da novela todas as referências ficaram mais claras: o Reino de Avilan foi chamado de Brasil pela primeira vez e o Ravengar conseguiu escapar à morte (feito o próprio Rasputin), e voltou para tentar ser um novo conselheiro do rei, agora com o nome de Richelieu Rasputin Golbery. A referência deixava o fim da novela com um toque agridoce: será que o reino estava fadado a repetir seu rumo? A julgar pela história do Brasil desde então, a premonição não estava tão errada.

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