Pulsação "jugular

O PULSO VENOSO

O exame clínico sistemático do pulso venoso foi desenvolvido para se obter sinais clínicos informativos sobre a dinâmica do coração direito.

O pulso venoso, uma onda de volume, reflete a dinâmica do retorno venoso ao coração direito. Realmente, as ondas do pulso venoso expressam as alterações de volume do átrio direito em cada momento do ciclo cardíaco, e a pressão venosa indica a pressão do átrio direito, com o que se obtém informação estática do enchimento ventricular. Para Brigden, o pulso venoso é mais importante do que a ausculta, pois as ondas, ao contrário do estetoscópio, refletem a hemodinâmica cardíaca. Em conjunto, o exame dos pulsos arterial e venoso nos informa sobre a ejeção e o enchimento ventricular esquerdo e direito, respectivamente.

Por seu significado fisiopatológico, o exame clínico do pulso venoso jugular faz-se em dois aspectos: pressão venosa e forma de pulso.

O pulso venoso, como é observado na cabeceira do doente, é a extremidade oscilante da porção proximal distendida das veias jugulares internas. O estudo do pulso venoso jugular faz-se na posição em que as oscilações sejam máximas, para isso colocando-se o doente na posição horizontal e elevando-se a cabeceira até os 90°. A distância vertical entre o topo oscilante da jugular interna e o ângulo esternal de Louis mede a pressão venosa central em centímetros de sangue, o que equivale a centímetros de água. Lewis escolheu o ângulo esternal como ponto de referência porque acima de seu centro geométrico, tanto em posição vertical como horizontal. Para medir a pressão venosa deve-se tomar sempre como referência o extremo oscilante do pulso venoso da jugular interna, pois a jugular externa varia em muitas circunstâncias e pode estar distendida por alguma causa local, como ateroma aórtico, ou não ser visível. A jugular interna, normalmente invisível, é reconhecida justamente por sua pulsação. A pressão venosa jugular normal oscila entre +3 e -7 cm com referência ao