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Escola como Instituição Social

A autora Ana Mercês Bahia Bock no seu livro Psicologia: uma introdução ao estudo de psicologia apresenta no capitulo 18 - A Escola, traçando um panorama histórico sobre a educação, abordando vários períodos da história humana. A autora ressalta a contradição existente entre o saber do medievo (que era reservado ás elites) e o processo de industrialização, que Bock considera como o fator decisivo das mudanças ocorridas nos séculos XIX e XX.
Em virtude das transformações proporcionadas pelo advento do processo industrial, a autora enfatiza veementemente que o cotidiano familiar foi radicalmente afetado, em virtude da agitação da vida na época moderna – a família passou a não dispor de tempo suficiente para preparar os filhos para o trabalho e para vida social.
Essa agitação moderna permitiu a transferência das responsabilidades dos pais em educar seus filhos para a escola – instituição detentora do saber, da boa conduta, da moral e dos bons costumes. De acordo com autora a escola transforma-se em uma “instituição especializada.”
É importante mencionar que a Revolução Industrial passou a exigir um maior conhecimento técnico, e a construção desse conhecimento passou a ser responsabilidade dessa instituição social – A Escola.
Dessa forma Bock afirma: “Esses fatores contribuíram para que a escola adquirisse as características que possui hoje em nossa sociedade: uma instituição da sociedade, trabalhando a serviço dessa sociedade e por ela sustentada a fim de responder as necessidades sociais.”
A autora ao explicitar os problemas no âmbito escolar remete sua discussão a dois fatores de fundamental importância presentes em seu texto: o aspecto teórico da educação – que se refere às concepções das teorias pedagógicas e ao aspecto prático, que se consolida no cotidiano escolar, em outras palavras, a autora problematiza o choque evidente entre as consagradas teorias pedagógicas e o papel dessas teorias diante das práticas do cotidiano escolar.