Psicologia trabalhos

693 palavras 3 páginas
fundamentos epistêmicos
O pensamento de Wittgenstein é conhecido por ser o atestado de óbito da metafísica. A postura da impossibilidade de se falar de metafísica manteve-se nas duas fases de seu trabalho. Pretendo aqui explanar brevemente sobre o porquê da suposta condenação à metafísica no primeiro Wittgenstein e, ao mesmo tempo, discordar dela, pelo menos em parte. Influenciado por Russell e Frege (e, indiretamente, por Aristóteles), Wittgenstein pretende uma linguagem lógica, exata, livre de ambigüidades. Para ele, a linguagem deve espelhar a realidade concreta do mundo para ter sentido e ser verdadeira. As palavras, assim, devem denotar objetos concretos, acessíveis à experiência sensível. Contudo, o mundo não é o somatório de objetos isolados, mas dos fatos, isto é, dos objetos e das relações que existem entre eles. A um fato deve corresponder uma proposição (no pensamento) e/ou um sinal proposicional (na linguagem). Neste caso, e só nele, dizemos algo que tenha sentido e que seja verdadeiro. A verdade, pois, está neste isomorfismo: a estrutura da linguagem é igual à estrutura do real. Decorre dessa forma de pensar que no caso em que se pense ou diga algo que não corresponda ao real, teremos uma falsidade, uma vez que as relações entre o dito/pensado são diferentes das observadas na realidade. No caso de nos referimos ou pensarmos em algo que não tenha correspondência concreta (sensível) na realidade, temos um disparate, um absurdo. Sendo assim, todo discurso filosófico, teológico e metafísico é disparatado, não tem sentido. Essa explicação, contudo, pode ser questionada quando retomamos alguns conceitos básicos da metafísica de Aristóteles que, parece-nos, são usados pelo próprio Wittgenstein para inutilizar o discurso metafísico. De fato, Wittgenstein não parece ser tão original em seu pensamento quando vemos que o que faz é, na verdade, redizer algumas coisas que já haviam sido ditas por Aristóteles, mas agora com uma nova roupagem. Assim,

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