Psicologia Social Comunitária no Brasil

Desde o seu surgimento em 1879, a psicologia comunitária promoveu rompimentos com a psicologia tradicional dominante no campo da psicologia comunitária. A psicologia comunitária deu seus primeiros passos nos EUA e na Europa, mas foi na América Latina em que ela ganhou corpo e consistência. Optamos por traçar a trajetória da psicologia social comunitária através de uma grande influência no campo no Brasil, a professora e pesquisadora da PUC-SP Sílvia Lane (1933-2006).
Segundo Lane, defensora intransigente do homem enquanto ser social, a psicologia comunitária tem como objetivo superar determinismos defendidos pela psicologia tradicional. Lane afirma que, com base socio-histórica, a construção do psiquismo se dá na intersecção da história pessoal do individuo com a história da sociedade e não o indivíduo sendo causa de si mesmo ou sendo apenas um receptor e produto do meio como sugerem a psicologia social tradicional. Para Lane, os estudos tradicionais não passavam de uma disputa entre o biologismo x psicologismo.
"A afirmativa de que o positivismo, na procura da objetividade dos fatos, perdera o ser humano decorreu de uma análise crítica de comportamentos que, no entanto, não davam contado ser humano, agente de mudança, sujeito da história" Lane, 1984 apud Bock
O materialismo histórico dialetico foi fundamental para a construção de uma psicologia comunitária de forma que o método dialético possibilitou a compreensão do homem dentro da totalidade histórica considerando bque o homem e o meio estão em constante relação dialética. Semdo assim, não pode existir neutralidade no conhecimento como rejeitam os positivistas. O conhecimento será sempre fruto de uma contradição entre o homem e o meio.
Lane , sempre defendendo a aproximação do homem às teorias, sempre rejeitou a possibilidade de não haver paridade entre a psicologia social aplicada e a psicologia social como ciência pura. Por essa razão, a psicologia comunitária recebeu diversas criticas, sendo