A questão disciplinar é um tema que percorre a história da vida escolar, tradicionalmente se constituiu um ambiente em que se atua com dispositivos tradicionais e rígidos que visam à normatização dos comportamentos dos alunos sem levar em consideração outras esferas dinâmicas da vida da pessoa e sem atentar para uma organização e funcionamento da própria instituição como o promotor de uma prática aprisionadora, que condena o aluno como o maior problema a ser debatido, em uma busca de técnicas que solucionariam o embate do professor que quer ensinar e o aluno indisciplinar que não quer aprender, ou seja, um sistema que garanta um cumprimento da normalidade, sendo que qualquer desvio ou inadequação é passível de punição, um sistema disciplinar que parece servir para o controle do aluno, ensinando-o a se subordinar. A figura do educador esteve por muito tempo vinculado como aquele que contribui, e que tem a capacidade de doar-se para o benefício da aprendizagem do aluno e de seu cuidado. O professor com o dom de contribuir para o sucesso do aluno através da coerção de suas práticas que fogem as regras da comunidade escolar, tidas como ato indisciplinar, um fenômeno de resistência. O professor é o detentor do saber e do poder no sentido de estabelecer dentro das salas de aula as regras impostas pelas instituições de ensino, e por uma lógica que pretende a ordem prevista e ao aluno como aquele que deve obedecer e realizar a parte que lhe foi conferida, aprender, seguir os cronogramas impostos e ao que lhe é prescrito. O educador tem que estar sempre como o controlador das situações que acontecem dentro das salas de aula, uma autoridade a ser respeitada e obedecida. Uma convivência de alunos e professores que gerou expectativas quanto à normalização dos comportamentos através da prioridade a disciplina como objetivo educacional. Qualquer ação que fuja a regra, normas ou leis presentes na instituição é uma transgressão ao que