Psicologia da Saúde

Uma Descrição da Personalidade

Um homem é mais que seu corpo, mais que seu emprego, mais que sua posição social. E uma mulher é mais que uma mãe, mais que seu encanto, ou mais que seu trabalho. Estes são apenas aspectos através dos quais eles se expressam.
A personalidade é a concretização do processo de vida num indivíduo livre, socialmente integrado e consciente do espírito.

1. A personalidade é determinada?

Freud foi um gênio analítico, ele observou que os ajustamentos dentro da mente do indivíduo podem entrar numa desordem caótica devido a “repressões”. Essas repressões, na realidade, significam que pessoa está sendo desonesta consigo mesma. O processo é mais ou menos assim: um impulso instintivo força a passagem do interior do id e busca repressão no mundo exterior. Mas o ego, localizado do limiar da consciência, a meio caminho entre o id e o mundo exterior, está ciente das proibições da sociedade contra a expressão desse desejo específico. Então ele recorre a algum ardil para reprimir o desejo. O ardil é um truque pelo qual o ego diz a si mesmo: “eu não quero exprimir esse desejo”, ou “ao invés daquilo, vou fazer isto”. Mas a repressão significa apenas que o impulso vai forçar novamente uma saída de outro modo, desta vez sob a forma de algum sintoma neurótico, como ansiedade, o embaraço, ou esquecimento, ou mesmo alguma forma mais séria de psicose.
Torna-se então, função do analista identificar esses sintomas, o processo central da psicanálise consiste em retirar o conflito das trevas do inconsciente para a luz da consciência. A psicanálise freudiana prova que não podemos alcançar sucesso na vida moral, por meio de um recurso tão simples quanto à mera repressão de qualquer tendência que a sociedade, ou nosso próprio superego, acha intragável.
O perigo do sistema freudiano de análise surge quando ele é tomado com uma interpretação determinista da personalidade como um todo (o sistema pode simplesmente tornar-se um esquema de causa e efeito: o