Psicologia Cognitiva e o Transtorno do Pânico

O TRANSTORNO DO PÂNICO
O transtorno do pânico (TP) se caracteriza pela ocorrência de ataques repentinos de ansiedade, seguidos de sintomas físicos e afetivos, medo de passar por novo ataque e evitação de eventos ou situações em que os ataques de pânico ocorreram. O Transtorno do pânico tende a ser crônico na maioria dos pacientes e está associado a uma qualidade de vida reduzida e funcionamento psicossocial prejudicado.
Comparando com outros transtornos de ansiedade, o início do TP é frequentemente tardio, ocorrendo ao final da década dos 20 anos, em média. O TP afeta duas a três vezes mais as mulheres do que os homens e pode atingir até 3,5% da população durante a vida. Muitos pacientes relatam o início do TP após um período de estresse.
Vários estudos confirmaram a eficácia da terapia medicamentosa para o TP. Entre as opções farmacológicas utilizadas no tratamento de TP estão os inibidores seletivos de recaptura de serotonina (ISRS), os antidepressivos tricíclicos (ADT), os inibidores da monoamina oxidase (IMAO), os inibidores seletivos de recaptura de serotonina e noradrenalina (ISRN) e os benzodiazepínicos. Mesmo assim, muitos pacientes, ainda estando sob tratamento com os medicamentos, permanecem com sintomas e apresentam recorrência de sintomas. Estudos demonstraram que após quatro anos de terapia medicamentosa, cerca de 30% dos pacientes estão assintomáticos, 40-50% estão melhores, mas ainda sintomáticos, e 20-30% permanecem iguais ou piores.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) para TP é uma alternativa terapêutica que possui boa resposta de curto e de longo prazos tanto para os sintomas nucleares do pânico quanto para os sintomas residuais e geralmente persistentes de ansiedade antecipatória, evitação fóbica e agorafobia. Os estudos confirmaram que a TCC pode alterar o curso do TP não só para prevenir recaídas, mas também porque ela prolonga o intervalo entre elas. O tratamento breve com TCC (geralmente ao redor de 12 sessões) está associado a