Práticas da memória feminina

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PRÁTICAS DA MEMÓRIA FEMININA
Introdução
Ao longo da história, as mulheres não tinham espaço público, elas pouco aparecem tanto na política quanto nas guerras. As mulheres eram apenas alegorias que coroavam grandes homens, ou ficavam prostradas aos pés destes, o que transmite a ideia de total submissão. Por este motivo, as mulheres acabaram caindo no esquecimento. Existe uma carência de registros primários, o que comprova a ausência da mulher na história. Diz-se das mulheres que são destinadas ao silêncio. E quando há uma ocasião em que nota-se a presença da mulher, já existe um preconceito formado, são taxadas de vociferantes (falar com ira, gritar), megeras, histéricas. Elas não são consideradas por si mesmas, mas como sintoma de febre ou de abatimento.
O silêncio dos Arquivos
Este tópico nos fala que no século XIX houve uma separação das esferas, pública e privada, em que não recobrem exatamente a divisão dos sexos, mas o mundo público, sobretudo econômico e político, são reservados aos homens, e isto é o que conta.
Essa definição dos papeis se deram pela retirada das mulheres dos bancos, clubes, cafés, grandes mercados de negócios, alegando serem locais de sociabilidade masculina.
As mulheres aparecem na sociedade apenas como ornamentos, disciplinadas pela moda, principalmente as burguesas que priorizavam suas aparências, roupas e atitudes com a única função de mostrarem a fortuna e condição do marido. Desfilavam nos salões, teatros ou no passeio público.
Já as mulheres do povo, só são lembradas quando reclamam dos preços altos, ou provocam algazarras contra comerciantes e proprietários ou quando ameaçam com violência.
Também os arquivos criminais pouco dizem sobre as mulheres, o peso delas na criminalidade é pequeno e decrescente, devido a uma série de práticas que as excluem do campo da vingança ou do confronto. Roubo com arrombamento, assalto à mão armada, atentado, eram negócios de homens.

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