Proposta de trabalho para coordenadora de matemática
Introdução
Ao chegar à escola, a criança traz consigo uma bagagem muito rica de experiências em relação às medidas vividas no seu dia a dia, nas brincadeiras e jogos e em muitas outras atividades como o esporte, o trabalho, etc.
As atividades escolares deverão ser vinculadas a essas situações de vida da criança.
Para que a matemática faça sentido na vida da criança é preciso usar a sua linguagem e dar oportunidade para que ela construa os seus próprios conhecimentos. Piaget e seus colaboradores, em Genebra, comprovaram que, para a criança ter sucesso nas atividades envolvendo medidas, ela precisa ter atingido o nível da habilidade de conservação. A medição requer da criança a compreensão de que um objeto conserva o mesmo comprimento ou peso independente das mudanças que ocorram na sua posição ou na sua configuração. A idéia de conservação ou invariância é dum conceito lógico-matemático e, para alcançá-lo, a criança deve ser estimulada a trabalhar de maneira a tornarse capaz de raciocinar sobre o que vê.
O trabalho com medidas oferece excelentes oportunidades para uma viagem ao passado do homem.
As medidas surgiram a partir de necessidades sociais, tais como: demarcação de espaço, referências quantitativas para o comércio, determinação do tempo gasto nas atividades, cálculos de distâncias entre localidades, planejamento de rotas de viagem, interesse pelo movimento dos astros. O uso das partes do próprio corpo como unidade de medida, tão comum entre os povos antigos e vigentes entre os europeus até alguns séculos atrás, é interessante ser praticado na escola como forma de reconstruir historicamente os processos de medição.
Assim como contar, medir também é uma necessidade do dia-a-dia do homem. A necessidade de padronização da unidade de medida deverá surgir naturalmente da percepção do aluno de que, ao usar uma unidade nãopadronizada, poderá encontrar diferentes números que expressam a mesma
medida