projeto Topo
23 a 26 de maio de 2006
Brasília-DF
TÉCNICAS DO GEOPROCESSAMENTO APLICADAS À CARACTERIZAÇÃO DA LEPTOSPIROSE NA SUBPREFEITURA DA LAPA, SÃO PAULO
Marcos Roberto Martines; Fernando Shinji Kawakubo; Rúbia Gomes Morato, Universidade de São Paulo
Introdução
Em todos os países recém industrializados, o intenso processo de urbanização gerou ambientes insalubres para as populações. Em geral, essas populações, principalmente as de baixa renda, ocupam regiões das cidades com carência ou inexistência de rede de esgoto e drenagem de águas pluviais, com coleta de lixo insatisfatória e em áreas sujeitas a inundações.
Estas são condições favoráveis à alta propagação de uma série de doenças. Entre elas a leptospirose, que, em geral, se dissemina principalmente em áreas de inundações e geralmente associada a habitações precárias. Portanto, principalmente a população de baixo nível sócio-econômico é obrigada a viver em condições que tornam inevitável o contato com roedores e águas contaminadas.
Basicamente, a leptospirose é uma doença infecciosa febril, aguda, potencialmente grave, causada por uma bactéria, a Leptospira interrogans. É uma zoonose (doença de animais) que ocorre no mundo inteiro, exceto nas regiões polares. Em seres humanos, ocorre em pessoas de todas as idades e em ambos os sexos. Na maioria dos casos (90%) de evolução é benigna. (SIVIS, 2006)
O rato de esgoto (Rattus novergicus) é o principal responsável pela infecção humana, nas grandes cidades, por existir em grande número e da proximidade com seres humanos. A L. interrogans multiplica-se nos rins desses animais sem causar danos e é eliminada pela urina, às vezes por toda a vida do animal. O homem é infectado casual e transitoriamente, e não tem importância como transmissor da doença. A transmissão de uma pessoa para outra é pouco provável.
A L. interrogans eliminada junto com a urina de animais sobrevive no solo úmido ou na água, que tenham pH neutro ou alcalino. Não