Professor

696 palavras 3 páginas
As roupas podem ser vistas como uma representação do materialismo, ou um utensílio comum que acaba se tornando um símbolo do consumismo desenfreado. No entanto, a roupa é algo mais do que um simples fetiche humano, ela possui em sua essência algo que mistifica o seu uso. A nossa sociedade por questões históricas, necessita andar vestida, e por isso o apego por esse material de tecido, que incorpora em nossos corpos e se molda a partir deste, passa a se tornar parte da existência da pessoa que a veste. A roupa está na memória de quem a vestiu ou usou uma vez, mas para quem vê o outro vestido, a lembrança ainda é mais forte. O fato de lembrarmos uma pessoa querida que já se fora, e ter uma lembrança dessa, nos trás à tona todo tipo de sentimento causado simplesmente pela personificação da roupa com o nosso ser. E nesse caso a dor se apresenta a nós em função do que vestimos. Diante dessa temática nada melhor do que trabalhar a obra do autor norte-americano Peter Stallybrass, “O casaco de Marx, roupa, memória e dor”, segundo a qual, no primeiro capítulo o autor irá descrever seus sentimentos diante da dor propriamente sentida por ele, em virtude da morte de seu grande amigo e companheiro de profissão. Primeiramente há um vazio indescritível que o cerca, em razão do autor não conseguir expressar seus sentimentos referentes àquela perda. As roupas e utensílios eram apenas o que restavam de seu amigo. Porém, fora o que incentivara a escrever sobre o assunto, em contato com as sensibilidades e vestido com a jaqueta preferida de seu companheiro. Stallybrass se viu aflorando os seus sentimentos diante da perda de seu colega, as lágrimas que antes teimavam em não brotar em seus olhos, surgiram. E o choro no qual o autor descreve, abriu uma porta para este encontrar o que procurava, e se viu escrevendo sobre as roupas. A jaqueta a qual estava vestido representava muita coisa, sentia o seu amigo novamente ao seu lado, mais do que isso, o autor se sentia vestido

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