Primeiro estudo de caso
“O nosso cérebro é equipado para perceber diferenças”
Marty Neumeier
A Garnier é uma marca que se encontra no segmento de produtos de beleza. Ela surgiu no mercado em 1904 com uma criação de Alfred Garnier: um tônico capilar que utilizava ingredientes naturais (extratos de plantas) em sua composição. Essa formula foi lançada em uma época em que as pessoas ainda lavam seus cabelos com sabão. O produto inovador foi bem aceito pelo público e na década de 20 a Garnier abriu o seu primeiro laboratório para produções em larga escala.
No ano de 1965 a Garnier foi comprada pelo grupo L’Oreal, porém somente em meados dos anos 90 foi que a empresa decidiu investir milhões na marca. O primeiro passo foi o lançamento da linha completa de tratamento capilar composta por xampus, condicionadores, cremes, gel modeladores e sprays fixadores em 1996: Garnier Frutis. Pouco depois, em 1998, a marca lançou a linha completa Ganier Nutrisse, que também foi um grande sucesso.
Nos anos subsequentes a marca foi introduzida em outros países, ganhando destaque dentro do Grupo L’Oreal, o que os levou a um pesado investimento em 2005. A marca lançou no mercado a linha Garnier Nutriotionist, produtos para tratamentos de pele; e mais recentemente a empresa surgiu com outra novidade - introduzida primeiramente nos países da America Latina em 2008: o desodorante anti-transpirante Garnier Bí-O.
A Garnier atualmente ainda mantém a visão da marca, produzindo apenas produtos com ingredientes naturais. Essa característica pode ser claramente percebida em suas embalagens, representada por uma expressiva cor verde.
A escolha da cor não foi algo acidental. Analisando o PDV (ponto de venda) é possível perceber o inevitável clichê de linguagem gráfica, onde a maioria dos concorrentes prefere ficar na zona do conforto, utilizando assim a “cor” branca - ou cor clara - em suas embalagens.
Do ponto de vista da semiótica, o