Premissas

1. Currículo: a identidade da ação pedagógica em construção Se puséssemos em questão a identidade da escola certamente as perguntas a serem respondidas seriam as que nos levam diretamente ao currículo. Isso porque o processo de ensino e aprendizagem é resultado do currículo. A partir e através dele se configura a experiência educacional, na soma das programações formais – os planos de estudo; dos planos de trabalho dos professores, e da ação, ou seja, como se realizam praticamente. Dessa forma, a ação pedagógica passa a ser resultado direto do currículo, da sua programação prévia, da reconstrução dessa programação por cada professor e do modo como é colocada em prática por professores e alunos. Coexistem na escola três âmbitos curriculares: o currículo formal, que aparece nas propostas pedagógicas e nos planos de estudo como o que se pensa para a ação pedagógica; o currículo real, que é o realizado em sala de aula; e o currículo oculto, onde se manifestam as relações de poder da escola e dos professores sobre os alunos e entre os mesmos, as ideologias, as ações discriminatórias, onde se situa também o que não acontece no currículo em ação, mas, a princípio deveria acontecer. Sacristán (2000, p. 91) diz que “o currículo oculto é a escola e o ambiente que se cria sob suas condições”. No entanto esta é uma separação que se faz teoricamente. Na prática, o currículo é o produto de todos eles como processo. Aquilo que se efetiva teórica e praticamente como ação pedagógica. Como processo, uma das principais características do currículo é ser produto de relações sociais. De sua organização até a sua realização, o que inclui também o que não é realizado, é corporificado através de relações sociais. O currículo toma forma e se diferencia segundo as ações de quem o pensa e o torna experiência. Nessa ação em que ele se constrói, não deixa de estar sendo determinado pelo contexto social e pelos interesses dos sujeitos que o configuram, os que o planejam, os que o adotam, os que