Positivismo
Bom dia, galera! Estou de volta, e hoje vou falar sobre um tema interessante para todo mundo que quer entender a História como ciência. Antes de mais nada, é muito comum ouvirmos dos alunos que História é uma matéria decorativa, onde o essencial é conhecer o máximo possível de nomes e datas.
Pessoalmente, me sinto "esfaqueado" quando ouço isso. Mas não podemos culpar as pessoas por terem essa visão, porque a História, por muito tempo, foi exatamente isso: uma compilação de datas, nomes, documentos, fatos prontos, acabados e indiscutíveis, que serviam apenas para serem digeridos, sem questionamentos.
Bem, comecemos pelo começo, ou seja, pelo século XIX. Nesse período, muitos dos conhecimentos que vinham sendo compilados desde a época do Renascimento finalmente ganham contornos de ciência, a partir de linhas de raciocínio lógico que desconsideravam toda e qualque visão religiosa ou senso comum. São dessa linha pensadores como Friedrich Niezetche e Charles Darwin, esse responsável pela polêmica teoria evolucionista, registrada no livro "A origem das espécies".
Ok. Nesse século XIX, recheado de uma retórica científica que buscava a experimentação e a prática acima de qualquer outra coisa nasce o POSITIVISMO, uma vertente filosófica que colocava a racionalidade como ponto fundamental para qualquer questionamento. Nessa corrente, as áreas do conhecimento eram submetidas a rígida experimentação científica para dar resultados exatos, esperados pelos cientistas da época. Também é importante ressaltar que o positivismo se manifestou em outras áreas do conhecimento, inclusive na nascente Ciência Social, onde seu principal expoente, Augusto Comte, afirmava que a sociedade deveria seguir um ordenamento tal necessário para que ela alcançasse o progresso. São dessa época ideais presentes, inclusive, no sistema republicano brasileiro, como a "Ordem e Progresso" de nossa bandeira. O próprio republicanismo brasileiro