ponto de vista acerca da reportagem à Revista CIPA

Na entrevista, o Dr. Paulo Rogério Albuquerque de Oliveira explica à Revista CIPA a evolução das tratativas quanto aos acidentes de trabalho e seus benefícios perante ao Instituto Nacional de Segurança e Saúde do trabalhador através de três gerações: A primeira geração ideológica como precursora da atual Previdência Social, era restrita aos trabalhadores submetidos aos processos industriais, instituindo obrigatoriedade, por parte da empresa, de sustentar um Seguro de Acidente do Trabalho a ser pago ao acidentado, ou seja, só recebia o seguro quem reclamasse à autoridade policial. Práticas nesse campo estavam voltadas ao infortúnio (não à prevenção); A segunda geração, afasta das empresas a responsabilização acidentária, transferindo-a ao Seguro Social, ou seja, todos pagam para algumas empresas adoecerem e acidentarem mais, pois sabidamente possuem um maior potencial acidentário (risco econômico ambiental), daí o nome de seguro social; A terceira geração, o empresário melhorou o ambiente de forma sistêmica a partir da percepção que também, em alguma medida, é vítima e refém de um sistema obsoleto, anacrônico, monopolista de poder representado pela medicina do trabalho, apenas para exigir contratação de pela NR e fazer ASO e da engenharia de segurança do trabalho para prescrever e comprar EPI.
As empresas só estão em busca de obter selos de garantia para melhorar sua concorrência no mercado de trabalho, ou seja, o atual sistema jurídico ideológico trabalhista para saúde do trabalhador chegou a um esgotamento irreversível exatamente por se tratar da dimensão econômica como fator de produção onde, a preocupação é a produção e não a pessoa humana, como diz Paulo, a empresa precisa assumir seu papel social e transformador da sociedade: produzir bem, bonito, barato, sem contaminar o meio ambiente e sem adoecer o trabalhador que nele labora.
O desafio da terceira geração da saúde do trabalhador é que as empresas consigam chegar a um cenário bom. Cenário bom é aquele