Políticas públicas

A contradição entre o tempo da racionalidade técnica em relação ao tempo político, no que concerne às políticas públicas é inevitável, isso porque no campo teórico de formulação de uma política pública, depende de um projeto de lei que por sua vez carece de tempo para a sua consubstanciação, nesse caso esse referido projeto passa pelos tramites do rito legislativo, no entanto, mesmo que a celeridade para que tal pressuposto exista de fato, outro fator fundamental é a executabilidade da política pública, propriamente dita, que necessita de planejamento, construído dentro da ótica de um projeto de implementação. Esse sofre a influência dos tempos burocráticos da máquina pública. Porém, a distância entre essas duas curvas funcionais podem ser diminuídas, através da construção simultânea do projeto de lei e do projeto de execução. Com relação, à importância das políticas públicas para a sociedade brasileira, elas não deveriam ser tratadas como políticas de um único governo, mas como políticas de estado com caráter de longo prazo e que não fossem avaliadas somente pelo governo, mas, sobretudo pela população a qual é direcionada. As políticas públicas ao longo de sua execução deveriam passar por ajustes para que essas alcançassem o grau de excelência no tocante ao que se destinam. Em relação às políticas públicas que visam à diminuição de desigualdades sociais, o Brasil esta de acordo com os objetivos do milênio, todavia essas políticas devem ter um tempo para acabar, porque acredita-se que elas sejam plataforma para que seus beneficiários alcem vôos maiores com destino à independência. Nos dias atuais é de conhecimento notório que muitos desses programas enfrentam dificuldades de penetração nos recônditos rincões, por diversos fatores tais como: falta de rede bancária, corrupção instalada em alguns municípios e mesmo falta de informação dos cidadãos em relação a esses direitos.