Politica

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Questionando o Óbvio - Luciano Carlos Cunha
Sobre a importância da razão na ética
04 de agosto de 2011 às 14:58
Sobre a importância da razão na ética
Luciano Carlos Cunha1
1 – Discutir fatos quando o que está em jogo são valores
É comum que as pessoas em geral pensem que, no que diz respeito a valores morais, não há o que se discutir. Ou seja, querem dizer que é inútil discutir sobre valores morais porque acreditam que, quando se trata de escolhê-los, qualquer escolha que se faça é igualmente arbitrária. A essa crença, irei me referir por subjetivismo ético. Os que crêem no subjetivismo ético não querem dizer, com a afirmação de que é inútil discutir sobre valores morais, que tal discussão é filosoficamente possível, mas pelo fato das pessoas não estarem abertas à discussão filosófica, esta é perda de tempo. Pelo contrário, querem dizer que, por mais aberto que alguém esteja a discutir a questão, é inútil discuti-la porque não existe verdade objetiva acerca dela. O defensor do subjetivismo pensa assim porque duvida da existência de critérios objetivos pelos quais é tornada possível tal discussão. Ou seja, o subjetivista acredita que o raciocínio ético é impossível.
Do que foi dito no parágrafo acima sobre raciocínio ético, podemos atentar para uma característica crucial do que seja a razão: a generalidade. Como o filósofo Thomas Nagel2 observou: “Se eu tiver razões para concluir ou admitir ou querer fazer algo, estas não poderão ser apenas ‘para mim’, mas deveriam funcionar como justificação para qualquer um que estivesse fazendo o mesmo, em meu lugar” (NAGEL, 2001 p. 13). “A generalidade das razões” continua o autor “significa que elas se aplicam não somente a circunstâncias idênticas, mas também a circunstâncias de relevante similaridade – e o que conta como relevante similaridade ou diferença pode ser explicado por razões da mesma generalidade” (NAGEL, 2001, p. 13). Mais adiante voltaremos nesse ponto, e discutiremos sobre como essas duas características

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