Politica
Política Social, Educação e Cidadania
(Resenha)
Bibliografia: Demo, Pedro. Política Social, Educação e Cidadania.Campinas, SP.: Papirus, 1994. Pedro Demo, sociólogo brasileiro natural de Santa Catarina, nos vem por meio deste trabalho notável demonstrar as relações intrínsecas existentes nos três campos de realidade citadas no título da mesma obra. Pecando somente no português pernóstico, característica tipicamente acadêmica, o autor apresenta um horizonte de mudanças no “social”, por meio de atitudes realistas, de cunho reformista, utilizando-se de reformas estruturais à sociedade geral e de paliativos conjunturais à sociedade em emergência. Basicamente, política social é toda ação com o objetivo de “tocar as desigualdades ou desconcentrar renda e poder”. (p. 10) Tais ações nem sempre são estatais, embora quase sempre o estado ‘meta a pata’. — pp. 20, 21. É necessário refletir melhor sobre isso. O que significa “tocar as desigualdades”, de acordo com o autor? Isso não implica apenas o fator econômico, como se as verdadeiras políticas sociais tivessem como objetivo único apenas “dar esmolas” ou “ajudar os pobres”. O próprio autor subdivide o conceito de pobreza usual em “pobreza de espírito” (um equivalente à alienação) e a pobreza socioeconômica (a da precariedade material). Devido a tal subdivisão para sistematização, três formas de políticas sociais são então criadas para os dois tipos de pobrezas: as políticas assistenciais e socioeconômicas para a pobreza socioeconômica e as políticas participativas para a “pobreza de espírito”. As políticas assistenciais são basicamente os “quebra-galhos” (p. 31) que o governo, por obrigação, deve garantir às camadas populacionais sem possibilidade de sobrevivência. Entram por prioridade nesse grupo as crianças, idosos e deficientes. No entanto, políticas assistenciais também são direcionadas a vítimas de