Poder Local

1. PODER LOCAL: DIMENSÕES, RISCOS E LIMITES.
Os estudos sobre local e global, desde os finais da década de 1970, começaram a atrair a atenção de sociólogos, cientistas, políticos e economistas nos países latino-Americano, ampliando-se nas décadas de 1980 e 1990.
A medida que se valorizava o “local” ou a “localidade”, faziam uma adesão implícita a um novo modelo de estado, responsável por criar condições institucionais para a desregulação e a privatização das atividades econômicas.
Chesnais afirma sobre a globalização ou “mundialização”, que é um processo que tem comando centralizado, mas operações crescentemente descentralizadas.
A expansão urbana e industrial, estaria causando um forte impacto nas culturas regionais e locais, que tinham sua identidade ameaçada.
O crescimento urbano desordenado e sem controle, levou a um fenômeno simultâneo e contraditório de fragmentação, a metrópole contemporânea, para Bourdin, parece ter muitas cidades dentro delas, criando laços entre seus habitantes de natureza.
BOURDIN (2001) destaca que estar surgindo um novo tipo de localidade que é aquela baseada nas redes de lugares, onde a comunicação e informação trazidas pelas novas tecnologias, provocam um novo tipo de integração social e cultural e criam novas identidades onde verifica a presença de uma diversidade de influências, além de fazer surgir uma espécie de consciência da consciência das culturas fortalecendo a condição de reflexibilidade ao nível local.
Para o autor, a ênfase na localidade também tem a ver com ele com que ele chama de desfilamento de estado em sua forma moderna onde se associavam a soberania ao territorialidade, a cidadania e a nacionalidade.
Para Antony GIDDENS (1990- 2001), estudioso e crítico da modernidade, a relevância do local ou da localidade é reflexo do fenômeno do distanciamento espaço temporal (‘’ ou dissociação/ desencaixe entre tempo e espaço) cuja a integração foi característica dos tempos pre modernidade marcados pela tradição,